Escutar nossa música preferida sempre eleva a alma!
Hoje é um excelente dia para lembrar-mos e claro escutarmos nossa música preferida!
Sou movida a música. E de verdade se não fosse o amor que sinto em ligar o rádio desde que me entendo por gente, cantarolar, dançar, saltitar. Com certeza não teria superado tanta coisa.
Esqueço da minha voz chata e completamente fora do tom e aumento o som.
Naquela hora crio uma redoma ao meu redor. Alegria, êxtase e leveza. Taí uma coisa comum em minha família. Todos amavam música e todos tinham há séculos atrás um radinho de pilha.
Meu pai cantarolava muito. Será que herdei isso dele?
Ou da minha mãe? Extremamente católica sempre cantarolava louvores, mas acreditem: Era muito fâ do Raul Seixas. Herdei isso também.
Meu irmão sempre estava de um lado para o outro com seu rádio nas alturas ouvindo notícias. Mas gostava de vê-lo sentado em uma roda de mesa curtindo seu pagode.
Minha irmã, bem além de uma maravilhosa dançarina de forro raiz e dança de salão. Amava Roberto Carlos, Maria Betânia e tudo de MPB herdei isso também,
Mas na correria do dia a dia esquecemos muito da gente.
Ou vivemos na Matrix ou saimos dela.
Paramos de falar de nós para nos conectar apenas com aplicativos.
Organizando meus mp3 eu percebi que uma das músicas que mais escuto é chão de Giz de Zé Ramalho.
Fui procurar na Internet a história por trás da letra.
Amo amo amo essa composição. ela fala sobre mim mesmo depois de achar que não parece em nada comigo , será, vai entender!
Ainda jovem, o compositor teve um caso duradouro com uma mulher bem mais velha que ele, casada com uma pessoa bem influente da sociedade de João Pessoa, na Paraíba, onde ele morava. Ambos se conheceram no carnaval. Zé Ramalho ficou perdidamente apaixonado por esta mulher, que jamais abandonaria um casamento para ficar com um “garoto pé -rapado”. Ela apenas “usava-o”. Assim, o caso que tomava proporções enormes foi terminado. Zé Ramalho ficou arrasado por meses, mudou de casa, pois morava perto da mulher e, nesse meio tempo, compôs Chão de giz. Sabendo deste pequeno resumo da história, fica mais fácil interpretar cada verso da canção. Vamos lá! “Eu desço desta solidão e espalho coisas sobre um chão de giz” Um dos seus hábitos, no sofrimento, era espalhar pelo chão todas as coisas que lembravam o caso dos dois. O chão de giz indica como o relacionamento era fugaz. “Há meros devaneios tolos, a me torturar” Devaneios e lembranças da mulher que não o amou. O tinha como amante, apenas para realizar suas fantasias. Quando e como queria. “Fotografias recortadas de jornais de folhas amiúdes” Outro hábito de Zé Ramalho era recortar e admirar TODAS as fotos dela que saiam nos jornais – lembrem-se, ela era da alta sociedade, sempre estava nas colunas sociais. “Eu vou te jogar num pano de guardar confetes” Pano de guardar confetes são balaios ou sacos típicos das costureiras do Nordeste, nos quais elas jogam restos de pano, papel, etc. Aqui, Zé diz que vai jogar as fotos dela nesse tipo de saco e, assim, esquecê-la de vez. “Disparo balas de canhão, é inútil, pois existe um grão-vizir” Ele tenta ficar com ela de todas as formas, mas é inútil, pois ela é casada com um homem muito rico. “Há tantas violetas velhas sem um colibri” Aqui ele utiliza de uma metáfora. Há tantas violetas velhas (Como ela, bela, mas velha) sem um colibri (um jovem que a admire), dessa forma ele tenta novamente convencê-la apelando para a sorte – mesmo sendo velha (violeta velha), ela pode, se quiser, ter um colibri (jovem). “Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de vênus” Este verso mostra a dualidade do sentimento de Zé Ramalho. Ao mesmo tempo que quer usar uma camisa de força para se afastar dela, ele também quer usar uma camisa de vênus para transar com ela. “Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro” Novamente ele invoca a fugacidade do amor dela por ele, que o queria apenas para “gozar o tempo de um cigarro”. Percebe-se o tempo todo que ele sente por ela um profundo amor e tesão, enquanto é correspondido apenas com o tesão, com o gozo que dura o tempo de se fumar um cigarro. “Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom” Para quê beijá-la, se ela quer apenas o sexo? “Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez…” Novamente ele resolve ir embora, após constatar que é impossível tentar algo sério com ela. Entretanto, apaixonado como está, vai novamente à lona – expressão que significa ir a nocaute no boxe, mas também significa a lona do caminhão, com o qual ele foi embora – ele teve que sair de casa para se livrar desse amor doentio. “Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar” Amor inesquecível, que acorrenta. Ela pisava nele e ele cada vez mais apaixonado. Tinha esperanças de um dia ser correspondido. “Meus vinte anos de ‘boy’ – that’s over, baby! Freud explica” Ele era bem mais novo que ela. Ele era um boy, ela era uma dama da sociedade. Freud explica um amor desse (Complexo de Édipo, talvez?). “Não vou me sujar fumando apenas um cigarro” Depois de muito sofrimento e consciente que ela nunca largaria o marido/status para ficar com ele, ele decide esquecê-la. Essa parte ele diz que não vai se sujar transando mais uma vez com ela, pois agora tem consciência de que nunca passará disso. “Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval” Eles se conheceram em um carnaval. Voltando a falar das fotos dela, que iria jogar em um pano de guardar confetes, ele consolida o fim, dizendo que já passou seu carnaval (fantasia), passou o momento. “E isso explica porque o sexo é assunto popular” Aqui ele faz um arremate do que parece ter sido apenas o que restou do amor dele por ela (ou dela por ele): sexo. Por isso o sexo é tão popular, pois apenas ele é valorizado. Ela só queria sexo e nada mais. Toda essa explicação foi dada pelo próprio Zé Ramalho.
Se voce consegue se olhar nua e amar o que enxerga, voce conheceu a liberdade - Marta Eunice
Meus amores hoje é um excelente dia para eu propor a voces um dos maiores exercícios para voce testar sua auto estima e amor próprio. Vamos conferir no vídeo?
Comecei a emagrecer usando a apreciação. Se eu não amar a mulher que eu via no espelho de nada adiantaria , ler muito, falar mais um pouco. Eu teria que vivenciar e abraçar toda minha mudança.
Foi obesa, cheia de dobrinhas pelo corpo, carinha redonda e cabelo todo bagunçado que me vi de verdade. Me acolhi e passei a me admirar profundamente.