Como conviver com imensa alegria, por uma vida, e a profunda tristeza, em razão do aborto?
Ai gente não é fácil! Para ficar em pé de verdade e absorver tudo isso. Tive que passar 08 dias com celular desligado, sem falar com familiares, no meio do mato, lendo, refletindo e me fortalecendo.
Chorei direto nos primeiros 5(cinco ) dias. Eu sofri um bocado! Mas meu fundo do poço, lugar onde vou várias vezes kkk tem mola.
Por que me isolei? Porque sempre resolvi tudo na minha vida sozinha. E de certa forma, não gosto muito de ficar me lamentando. Prefiro me superar do que ficar deprimida. Já entrei em depressão duas vezes e não quero isso pra mim de novo viu!
A perda foi importante...percebi quem me ama, quem emana energias positivas mesmo de longe. Cada vez mais minha família composta de minha mãe, pai , irmã e irmão cada um de forma bem natural se manifestou a respeito dessa gravidez da forma exata como esperava. Tudo eu disse tudo que o médico disse para eu fazer não estava conseguindo.
Então aluguei por uma semana uma casa no SESC. Gastei tubos de dinheiro. Porém com apoio do marido fiquei lá isolada me fortalecendo pois tudo em minha vida foi assim entre mim e Deus.
Aprendi muito...muito muito!
Compartilho aqui alguns textos
Sobre o aborto espontâneo:
As pesquisas médicas demonstram que cerca de 80% das mulheres abortam nas primeiras 12 semanas de gestação.
Perder um filho por aborto espontâneo é mais comum e mais doloroso do que se imagina. Mulheres que vivem essa dor física e emocional – causada, na maioria dos casos, até o fim do primeiro trimestre de gestação – desejam o silêncio e o recolhimento assim como eu fiz.logo estou perdoada.
Pais, irmãos claro não entenderam isso mas meu companheiro e amigos(as) sim.Poucas compreendem profundamente o ocorrido e as consequências que a experiência pode causar.
A DEMOCRACIA
Sem escolher raça ou classe social, os abortos espontâneos do primeiro trimestre da gravidez são geralmente causados por anormalidades genéticas, Má formações uterinas, toxoplasmose e infecções congênitas, como a rubéola, também podem interromper a vida que se forma no útero materno. O risco, entretanto, é ainda maior quando há a presença de doenças crônicas (reumatológicas, renais, endocrinológicas, hipertensão, entre outras) e com o avanço da idade, geralmente a partir dos 35 anos – época em que é cada vez mais comum a gravidez.
Meu Luto
O aborto espontâneo é uma perda na qual a paciente faz luto, e a família e os amigos devem entender como tal. A paciente deve ser apoiada, principalmente psicologicamente – diz o médico.A perda de um bebê não é algo que se queira falar ou lembrar,Não é possível resumir toda esta experiência em poucas palavras, mas ao mesmo tempo parece não haver palavras exatas para se definir essa perda.
Uma mulher que perde um filho ao longo da gestação vivencia a dor em silêncio.
Busca formas de sofrimento solitário, em recantos da casa, da rua, do trabalho, nos locais mais absurdos porque a sociedade não está preparada para respeitar e dignificar a dor. Insistem na palavra “esquece”, como se fosse tão simples e natural esquecer um filho que geramos. É um dos piores lutos, porque não existe um ser cuja imagem guardamos para recordar, não existe um local onde possamos estar mais próximos, não existem momentos de partilha, apenas um vazio devorador.
As frases “não chores mais, daqui a pouco tens outro” ou “melhor assim, do que nascer deficiente” são muito utilizadas, face a um momento marcado pela impotência de nada fazermos para reverter a situação.Partilhar é sinônimo de aceitação. Aceitar a partida daquele bebê serenamente, confiar no que o futuro lhes reserva. Acreditar que tudo irá correr bem numa próxima gestação. Pode significar a transformação da dor em saudade. As pessoas esquecem que, depois de uma perda, vem uma nova etapa, a tentativa de voltar a gerar. O medo e a ansiedade que circundam essa gestação são devastadores, porque conhecemos o outro lado da maternidade. Sabemos que nada depende de nós e que, a qualquer momento, o nascimento pode transformar-se no nosso pior pesadelo.
O que os especialistas dizem:
Estratégias para lidar com esta situação |
Há dois aspectos que o casal que passa por esta situação não deve menosprezar, se pretende seguir em frente com a sua vida e com o seu projeto de aumentar a família:
- Evitar os sentimentos de culpa - Nem a mulher nem o homem podem ser responsabilizados pelo que aconteceu. O casal deve evitar os sentimentos e pensamentos negativos e tentar conversar sobre o assunto, por mais difícil que seja, e deve fazer o possível para superar essa perda. Dê tempo ao tempo.
- Aconselhamento psicológico - Com a ajuda do psicólogo, o casal percebe que não deve rejeitar os seus sentimentos e emoções, devendo antes falar sobre os mesmos.
Além das sessões com o psicólogo, o casal não deve se isolar do resto do mundo, devendo ao invés procurar outros que já tenham passado pelo mesmo, para desabafar e partilhar sentimentos. |
O aborto não afeta a capacidade da mulher de engravidar num futuro próximo. A maior parte das mulheres que já sofreu um aborto desenvolve, mais tarde, uma gravidez saudável.
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Mas atenção. Embora não haja qualquer inconveniente em tentar engravidar depois de um aborto, os médicos aconselham a esperar cerca de 3 a 6 meses para reduzir o risco de outro aborto.
Se, por um lado, a recuperação física da mulher é essencial para o sucesso de uma nova tentativa de gravidez, o mesmo acontece em relação ao seu estado emocional.
Antes de voltar a tentar engravidar, a mulher, juntamente com o companheiro, deve ter a certeza de que estão preparados psicologicamente para o fazer.
Quando o casal decide tentar mais uma vez, a mulher deve seguir quatro regras básicas para que a nova gravidez corra pelo melhor:
- Manter uma atitude positiva em relação à nova gravidez(esquecer o passado e pensar no futuro).
- Descansar bastante .
- Evitar o stress.
- Desabafar as suas ansiedades e preocupações com o companheiro e, caso seja necessário, com o próprio médico.
A mulher deve ainda seguir uma dieta nutritiva e, se for caso disso, alterar certos hábitos de vida relacionados, por exemplo, com o consumo de álcool , café e tabaco .
UPDATE: 2018
Uma mulher que perde um filho nunca esquece mas precisa seguir.
Hoje Perdoei todos meus familiares. Perdoei antes mesmo de perdê-los
Sim Irmã , pai e mãe faleceram de 2013 á 2018 restou apenas o "irmão" do qual não tenho contato.
O Luto . Meu luto durou exatos 365 dias . 1 ano. Passei 1 ano sem sorrir, sem me cuidar, com crises de pânico e depressão.
Em 2014 veio meu segundo aborto esponâneo e estava mais forte.
Porém eu tenho uma certeza não sei de onde que perdi primeiro uma menina e depois um menino.
Comecei a estudar sobre espiritualidade. Sempre estudei o tema bem como constelações familiares .
Hoje compreendo que este ser ainda não estava pronto. Ou quem sabe eu também não estava.
Todo meu estudo me levou a uma paz exraordinária.
Passei a me dedicar ao de 2014 até hoje a mim, meu marido, casa, relacionamentos. Ressignifiquei minha vida e enendo que não era pra ser.
Aos 43 anos busco reorganizar minha vida financeira para tentar de novo dessa vez mais amparada por médicos .
Quero sentar na frente do médico e dizer ; Doutor quero ser mãe. O que preciso fazer:? Tomar vitaminas? Emagrecer? etc....
Caso não seja possível gerar um BB adotar é uma solução maravilhosa , já que sou adotada e creio que seria um jeito de corrigir parte de minha estória também!
Hoje sei que essa perda me deu força para ressignificar minha vida e tomar decisões que geraram impacto em minha vida,
As perdas viram um impulso para eu continuar.
Tem um porque nessa perda que ficará esclarecida apenas aguarde sua resposta
Um grande abraço amiga
Eu vejo você e te emano amor
Marta Eunice
💎 Contato: martaeunicereal@gmail.com
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💎Namastê!
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